Fiscalização das secretas critica "imprudência" dos espiões

O Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP) considera "legal" o 'varrimento eletrónico' que as secretas fizeram no Instituto de Registos e Notariado (IRN), alvo da investigação no processo dos vistos gold.
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No entanto, sublinhou ao DN Paulo Mota Pinto, presidente do CFSIRP, essa operação revelou "imprudência" por parte do Serviço de Informações de Segurança (SIS), uma vez que foi realizada depois de terem vindo a público notícias de que o presidente do IRN estaria a ser investigado.

Os membros do CFSIRP apresentaram esta tarde explicações aos deputados sobre os resultados da sua investigação, relativamente ao facto de elementos da PJ terem observado agentes do SIS (entre eles o próprio diretor, Horário Pinto) a fazerem uma "limpeza eletrónica" no gabinete de António Figueiredo, entretanto preso preventivamente no âmbito da "Operação Labirinto".

Ao que o DN apurou esta investigação dos fiscais das secretas começou no mesmo dia que o Expresso der a notícia dos espiões terem sido "apanhados" pelos investigadores da PJ, que estavam a vigiar Figueiredo. O CFSIRP convocou logo para reuniões Horácio Pinto o o secretário-geral do SIRP, Júlio Pereira, que se realizaram no domingo seguinte.

O CFSIRP apurou ainda nas suas investigações que o SIS nunca tinha antes feito este tipo de ação no gabinete de António Figueiredo.

O Conselho informou ainda os deputados que vai recomendar às secretas um registo destas operações, para que possam ser "escrutinadas", bem como um registo, auditável, da motivação que leva ao pedido de 'varrimento eletrónico' por parte de alguma entidade. No caso do IRN a "contraespionagem" foi a base do pedido feito ao SIS.

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